domingo, 17 de fevereiro de 2008

Os fins não necessariamente justificam os meios

Eu... no fastígio de minha autolatria, faço-me constantemente a mesma pergunta: será que me tornar autoditada é a melhor solução? sair desta vida "heterodidata" e revogar de vez o meu probelma com autoridade? (pelo menos por enquanto). Daí, depois de um certo tempo de reflexão em companhia do alcatrão, da nicotina e do monóxido de carbono, vem a certeza de que não posso manter a ilusão de que estou vivendo em séculos onde a areia já fora revirada, e sim no século XXI, onde as coisas são "um pouco" diferentes do passado.
Antigamente o estudo era feito para que se atingisse o conhecimento, a sabedoria, os princípios éticos e morais, e coisas do gênero. Já no dias de hoje, tudo o que você aprende na sua vida durante os ensinos fundamental e médio é para um mesmo fim, o estudo tem um só foco, VESTIBULAR. Algo que acho um tanto irônico por certa parte, pois se você pegar um aluno que está cursando direito pela USP e perguntá-lo o que é uma ligação covalente dativa, ele vai perguntar, sarcasticamente, "em que língua você quer que ele responda?" E a simples resposta de química seria inevitável para que o aluno tenha passado na primeira fase da fuvest, prova esta que ele prestou e teve de obter um bom resultado para estar cursando direito lá, ou seja, ele provavelmente acertou a pergunta na prova!
A nossa vida nos dias de hoje se resume no mesmo marasmo, na mesma liame: escola, colégio, vestibular, universidade, trabalho, dinheiro, e depois o caixão (ps: o dinheiro reunido tem como destinatário a sua prole, portanto de nada adiantou arrecadá-lo já que não teve proveito próprio). Então quando me formar em uma boa universidade, e arranjar um emprego que me renda um bom montante, todo o dinheiro será gasto com os prazeres privados (e também públicos) que a vida proporcionar-me-á. Entre eles as amizades, os tragos, as festas, as paixões, as insanidades e idiossincrasias.
O que de certa forma me responde a antiga pergunta sobre me tornar autodidata... IMPOSSÍVEL!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

O custo do meu desejo

O dinheiro fala, mas era para ser mudo. O dinheiro manda, mas era para ser anarquista. O dinheiro atrai, mas era para ser rejeitado. O dinheiro compra, mas era pra ser vendido. O dinheiro faz coisas que vão além de seu limite, o que o torna imprescindível para uma vida de luxos, individualidades e desejos materiais, logo, a vida imposta pela mídia porca e capitalista. A vida sem ele no atual cotidiano não existe, sendo o patrocinador oficial dos prazeres (e desprazeres) que a vida nos proporciona. Dinheiro é a titica do diabo, fora excretado e mandado a nós causando a desgraça e tornando as pessoas mesquinhas e sem escrúpulos para conseguí-lo, tornando a nossa vida um poço de mediocridade que gira em torno de um abismo gravitacional no qual ele esta no centro atrativo.
Em tudo o que fazemos e pensamos em fazer, o cheiro desta merda está lá presente. Ela estará fedendo em cada cômodo de sua casa, na sua estante, no seu armário, no seu volante, na sua música, nos seus amigos, na sua cabeça, no seu cigarro, e até naquele gole de whisky que você deu numa tarde de domingo.
Nós nos tornamos prisioneiros de algo material, aparentemente sem poder, vemos o sol nascer quadrado todos os dias sem sequer reclamar.
A felicidade trazida pelo dinheiro é superficial... o status quo que ele mantém é uma mentira, procure pela verdade e seja feliz!

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Nós... por nós mesmos

A cada dia que passa fico mais impressionado com a influência (vulgo controle) que a mídia anda exercendo sobre praticamente tudo! algo que, de certa forma, através de uma longa consumpção ao longo tempo, tornou-me repulsivo em relação à mesma.
O "império rede globo" é o maior e mais constrangedor dos exemplos. Hoje mesmo reparei nisso quando lembrei-me que tal rede televisiva iria cobrir novamente o famoso carnaval, e a primeira escola de samba a desfilar seria a Gaviões da Fiel. A globo cobre o desfile, e é ao vivo, mas não num horário qualquer, por isso fazem, a escola e nós, esperarmos a sua "grandiosa" grade terminar para que começe então o desfile. E vem novela, e vem big brother, e somente depois vem o desfile! a espera é longa. Mas fazer o que? ela pode não é... afinal, o controle, quem deu a ela fomos nós, nós fomos os responsáveis pela maniulação que ela exrece sobre nós mesmos. E este é somente um dos incontáveis exemplos que nós temos, e que se fôssemos listar todos, a lista seria maior do que o número de deputados que temos em nosso país.
Aaaaaaaaaaaah... hipocrisia é uma bênção! afinal, como eu mesmo disse, nós demos o controle à mídia, o controle sobre nós mesmos. Elejemos os deputados, os mesmos que vivemos xingando e reclamando por não fazerem nada além de gastar o dinheiro público... que a propósito, nós mesmos damos. É um círculo vicioso de toma-lá-dá-cá, onde quem toma somos nós, e quem dá também.